quinta-feira, 14 de junho de 2012

A NOSSA MAOIR RIQUEZA ESTÁ DENTRO DA NOSSA CULTURA




DANÇA DO ADABÍ


Desde pequenos as nossas crianças aprendem a dar valor naquilo que não pode ser esquecido,mantendo as nossas raízes culturais,dentre elas os nossos costumes,línguas,crenças,mitos e rituais sagradas.Através destas crianças estamos cientes que a nossa cultura não será esquecido,e eles repassarão para seus filhos e netos e assim sucessivamente.





NOSSO FUTURO ESTÁ COM ESSAS MENINAS BANIWAS






NOSSOS PEQUENOS SÁBIOS






É ASSIM QUE MANTEMOS A NOSSA IDENTIDADE CULTURAL















Encontro Baniwa e Coripaco na comunidade Castelo Branco

                                       POVO BANIWA DAQUI PRA FRENTE

                                                           

Ao cumprimentá-los/as quero agradecer a todos vocês por tudo que tens nos dado de apoio neste período de duas décadas. Muitas das nossas histórias de conquistas e projetos a sua instituição ou pessoalmente tem sua participação direta e indiretamente. Por causa de ações paralisadas por parte de nós, confirmada pelas comunidades, aprendemos que as coisas para se concretizarem nas comunidades dependem de nós mesmos. Isso se refere à nossa forte organização social nas comunidades. Aprendemos ainda que de onde estivermos precisamos lutar sempre, somar forças na mesma direção do nosso projeto de vida as nossas comunidades. Por isso mesmo ou por outras resolvemos conversar para retomar nosso fortalecimento da nossa organização social no ano de 2011 e 2012. Primeiramente avaliamos os vinte anos do povo em organizações formais. A idéia é fortalecê-los. Mas estamos revivendo isso independentemente disso. A atenção das comunidades está voltada para ação que se faz.

O objetivo desta carta é para dizer que estamos nos fortalecendo novamente para mais uma etapa de batalha pela luta do cumprimento dos direitos e interesse que promovam o bem estar do nosso povo Baniwa e Coripaco. As coisas mais importantes e resumidas aconteceram no Encontro que aconteceu na comunidade de Castelo Branco no final de Março de 2012.

Os resultados do encontro em breve trarão outros resultados mais concretos. O resultado deste encontro refere-se às decisões mais importantes que a CABC e outras associações e comunidades deverão perseguir para que as mesmas sejam concretizadas e possam beneficiar as comunidades segundo seus direitos e dentro da política de desenvolvimento sustentável.

Este encontro abriu várias atividades organizadamente que precisará também de muito parceiros para ser concretizadas. Evidente que precisa de uma coordenação constante da CABC junto. Isto é muito importante porque estes trabalhos é que estão apontando para próximos vinte ou mais anos na educação, cultura, identidade, saúde, segurança alimentar, gestão de território, fortalecimento política e políticas públicas para as comunidades.

A organização social das comunidades para ficar mais forte nos próximos anos será um debate importante a partir do direito que certamente já temos interessados em experimentar conforme art. 232 da constituição do capitulo dos índios que estavam apenas como existentes de fato, mas não de direito quando não estavam com estatuto, sem registro no cartório, sem CNPJ, portanto, sem identidade e acesso.

Esta resposta veio ao questionamento no encontro, porque os Eenawinai (capitães) não são respeitados? Nós não somos respeitados, parece que não somos nada dizia um dos participantes referindo-se quando chega à cidade e nas repartições públicas duvidando da sua legitimidade e representatividade da sua comunidade. Esse artigo que diz que os índios, comunidades e associações são partes legítimas de ingressar em juízo em defesa e interesse do povo, não coloca nenhuma dúvida de que as comunidades precisam se organizar neste sentido de se registrar quando quiserem agir com mais autonomia e mais forte dentro da legalidade do direito indígena.

Vejam alguns pontos importantes para serem trabalhadas nos próximos 20 anos nas comunidades Baniwa e Coripaco entendidos como garantidoras do bem viver e desenvolvimento sustentável das comunidades. Estes pontos são resultados de um processo de mais de 20 anos.

i. PLANO CULTURAL –O Plano Cultural aqui chamado é aquele que outros povos indígenas chamam de plano de vida, plano de gestão territorial e ambiental e daí outras denominações que vem sendo experimentados e desenvolvidos. Analisando todo isso, a idéia nossa é que a cultura é definidora de toda identidade, da gestão, da forma de vida. Ou seja, você só educa a partir da sua cultura; com a sua cultura você medica, se previne, produz tecnologia, produz e maneja. A cultura tem fundamentos, possui códigos, é organizada politicamente e tradicionalmente. Este encontro nos mostrou que já temos muito subsídios para este plano, mas precisa aprofundar a questão cultural que pode ser feita através de pesquisa ou encontro específica sobre cultura e identidade. É um trabalho que vai tomar tempo ao longo deste ano e concluí-la no próximo ano certamente. Por isso, enquanto isso se decidiu elaborar projetos para as coisas mais imediatas.


ii. PROJETOS –foram aprovados três projetos importantes. (1) Um que vai ser enviado para BNDES sobre produção de comercialização de produtos indígenas. O edital prevê investimento de 2 a 10 milhões de reais. O nosso projeto pelo pré-estimativa que já chega perto de 8 milhões para três anos. (2) segundo projeto vai ser enviado para FUNAI sobre segurança alimentar previsto para três anos com equipe técnica e coordenação e deverá chegar a mais de 300 mil reais. (3) o terceiro projeto é exatamente sobre Cultura e Identidade. Tem perspectiva de discutirmos isso em breve para elaborarmos este projeto que será fundamental para conclusão do Plano Cultural do povo Baniwa e Coripaco e organização da publicação sobre as comunidades.


iii. FORTALECIMENTO DA ORGANIZAÇÃO SOCIAL – desde 2011 viemos discutindo a possibilidade de criarmos uma associação Baniwa representativa de povo. Isto se justifica porque várias vezes já puxamos assunto de trabalhar economicamente com nossos conhecimentos tradicionais. Mas sempre nos é perguntado: quem representa o povo Baniwa? Muitas associações que temos hoje são representativas de comunidades, talvez por isso. Para as questões de direitos coletivos de povo requer de nós essa decisão. Este encontro nos mostrou também que quando discutimos o direito da comunidade que está previsto na constituição no artigo 232, entendemos que as nossas comunidades são reconhecidas de fato, mas não de direito, quando estes não são registrados no cartório. Este deve ser agenda importante. Algumas comunidades já decidiram fazer seus estatutos que discutirão junto nas comunidades, como é o caso da comunidade de Aracu Cachoeira e Tayaçú que querem experimentar a sua autonomia. As associações com projetos previstos certamente a ajudarão o seu fortalecimento junto as comunidades. Cabe a CABC por enquanto, enquanto não se tem organização representativa do povo, cuidar de todas estas temáticas importantes e política organizacional. Para cumprir esta agenda é necessário um projeto para executá-lo.


iv. IDÉIA IMPORTANTE Pensamos e imaginamos que seria muito importante fazer uma publicação de livro sobre as comunidades, fotos, mapas do território de uso, isso ajudaria inclusive se organizarem melhor e terem muito cuidado com outras comunidades vizinhas. Mas também pode ser publicado junto com Plano Cultural. Assim as comunidades, associações ficariam mais bem divulgadas e conhecidas com a finalidade de buscar cada vez mais o respeito ao modo de vida e sua melhoria promovendo o bem-viver.


v. REIVINDICAÇÕES DE SERVIÇOS – outra linha de ação refere-se aos serviços públicos na região que são: educação escolar e saúde. Mas a segurança também é uma preocupação fundamental na faixa de fronteira. Ficou muito claro neste encontro sobre o que se pode fazer diretamente e serviços públicos. Por isso as reivindicações deve ser uma linha de trabalho permanente para reivindicar pelo reconhecimento das Escolas de Ensino Médio e materiais e construções dos prédios das escolas, transporte e outros. Na saúde precisa lutar pelas construções dos Pólos Base, para que o serviço seja permanente nas comunidades. Outras reivindicações devem ser feitas diretamente ao Governo do Estado por isso escolheu-se uma equipe para viajar para Manaus a fim de apresentar as demandas ao governo. Muitos documentos foram elaborados e entregues que ficaram ao anexo do relatório.

Quando nós entregamos o relatório aos nossos apoiadores discutimos alguns resultados deste encontro quando pudemos discutir e verificamos junto ao Instituto Socioambiental e Funai/Coordenação Regional de que precisamos discutir melhor a maneira de fortalecer as comunidades, não somente através de associativismo, mas cooperativismo ou empresa indígena. No Rio Içana talvez seja agora essa oportunidade de criarmos novas ferramentas que possam atender anseios das comunidades em relação a geração de renda e emprego dentro da própria terra indígena criando (SBS) Sistema Baniwa de Sustentabilidade que é o nosso maior meta a ser alcançada nos próximos anos.

 

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Assembléia Eletiva da Organização das Comunidades Indígenas do Distrito de Assunção



DABUCURÍ


                                           OCIDAI TEM UM NOVA DIRETORIA
 Nos dias 8 e 9 de Junho de 2012 na comunidade de Assunção do Içana aconteceu uma Assembléia Eletiva da associação OCIDAI – Organização das Comunidades Indígenas do Distrito de Assunção do Içana. Estiveram presentes mais 60 pessoas membros, além dos convidados como CABC e Departamento de Mulheres da FOIRN. O Presidente após abertura oficial prestou relatório de quatro anos do mandato que estava terminando. Descreveu dificuldades, desafios e algumas conquistas junto com as comunidades. Como conquista importante foi apontado Ensino Médio e Pontão de Cultura. Na avaliação da assembléia a associação precisa reunir mais vezes às comunidades para repassar informações importantes, fazer formação política para suas lideranças e discutir com as comunidades os projetos para ser encaminhado para instituições, organizar melhor Pontão de Cultura Malikai. A educação especificamente do ensino médio foi pauta também destacado assim como saúde indígena e outras. A partir disso foi feito planejamento da associação para próximo mandato. A pauta principal se procedeu para escolha de nova diretoria para associação. O Presidente foi reconduzido por aclamação e demais membros indicados e votados. E a nova diretoria ficou assim: Carlos de Jesus (Presidente), Frank Fontes (Vice Presidente), Roberto (Secretário) e Antonio Almeida (Tesoureiro). Após tomarem posse e discurso a assembléia foi declarada por encerrada.

Índios do Brasil chegam à Kari-Oca montada para a Rio+20

"Bem-vindo à Rio+20", lançou um índio da etnia Terena para cerca de quarenta outros rostos pintados de preto e com penas, que acabaram de chegar ao Rio de Janeiro vindos do Mato Grosso do Sul para participar da Kari-Oca, após 48 horas de ônibus.

Esta aldeia indígena foi instalada em Jacarepaguá para a Cúpula dos Povos, um evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a ser realizada entre os dias 15 e 23 de junho. "Foi uma viagem cansativa, mas nós viemos para dizer ao mundo que somos ignorados pela sociedade e pelo governo. Nós lutamos pela demarcação de terras indígenas", proclamou Antonio Terena, de 22 anos, usando jeans e camiseta, mas com um cocar grande, feito de pequenos pedaços de madeira. Todos os membros da tribo adotaram como sobrenome o nome de sua etnia.

Vinte e um guerreiros da região amazônica do Xingu chegaram antes, há duas semanas, para instalar as grandes cabanas de palha onde ficarão durante a Cúpula dos Povos, que colocará em questão a "economia verde", defendida pela conferência oficial.

A chuva dos últimos dias tem dificultado o trabalho, e o terreno ainda está muito enlameado. Apesar disso, os guerreiros também construíram todas as estruturas de madeira para os "Jogos Verdes", competições esportivas indígenas que eles desejam transformar em "jogos mundiais".

"A ONU debate sustentabilidade, mas este é um argumento teórico para continuar a devastar a natureza. É inútil falar de economia verde se os índios não têm terra", afirma o cacique Marcos Terena, 52 anos, do Comitê Intertribal, encarregado de organizar a Kari-Oca.

Cerca de 400 índios de vinte etnias como os guaranis, os tikunas, os tukanos, os gaviões, os kaiapós, os xavantes, os bororos etc... são esperados nesta aldeia. Eles serão acompanhados por 1,2 mil índios do Canadá, Estados Unidos, Colômbia, Nicarágua, entre outros que irão participar das atividades e debates no Parque do Flamengo, perto do centro do Rio, onde acontecerá a Cúpula dos Povos.

Por iniciativa de 200 organizações ambientalistas e movimentos sociais em todo o mundo, este será um espaço de protesto contra o "capitalismo verde", um termo que engana, segundo eles, e que apenas designa outro estágio da acumulação capitalista.

A Kari-Oca vai sediar debates sobre assuntos controversos, tais como créditos de carbono - que os índios são contrários - e as reservas minerais preciosas localizados em territórios indígenas. Esses debates vão culminar na produção de um documento a ser apresentado à ONU em 17 de junho, antes da cúpula dos 116 chefes de Estado e Governo, que será realizada de 20 a 22.

"Em 1992, durante a Cúpula das Nações Unidas anterior, nós nos esforçamos para fazer com que todos tomassem consciência da importância do meio ambiente. Desta vez, vamos além disso, mostraremos o nosso conhecimento e tradições", explica Carlos Terena, 57 anos.

Neste sentido, nesta quarta-feira à noite, um "fogo sagrado" será aceso pelos índios para atrair bons espíritos antes da cúpula. "Nós acenderemos como faziam os nossos antepassados, esfregando pedaços de madeira uns nos outros", ressalta Carlos, que disse estar preocupado com o futuro do planeta, mas continua otimista: "Desenvolvimento e preservação da natureza é possível, mas deve ser um desenvolvimento menos agressivo e com menos lucro".

sábado, 9 de junho de 2012

VISITA DA REPRESENTANTE DO BANCO MUNDIAL NO CENTRO AMAZÔNICO DE FORMAÇÃO INDÍGENA-CAFI

CURSO DE ETNOAMBIENTAL E MUDANÇA CLIMÁTICA PREPARATIVO PARA RIO + 20 - RJ. 2012














Os Alunos do Centro Amazônico de Formação Indígena,receberam a visita do Representante do Banco Mundial de Brasília,na Cidade de Manaus-2012.

CELEBRAR OS 10 ANOS DA RATIFICAÇÃO DA CONVENÇÃO 169, DA OIT (20 de JUNHO 2012

 



10 ANOS 169 OIT

RATIFICAÇÃO DA CONVENÇÃO.

Celebrar os 10 anos da ratificação da Convenção 169, da OIT (20 de junho 2012).

AGENDA RIO + 20 – CAFI

1.Avaliação da Agenda 21 sobre os Povos Indígenas – Para conferir o que foi executado, o que deixou de ser feito e por quê, retomando os trabalhos com vontade de fazer valer o Direito dos Povos Indígenas.

2.Celebrar os 10 anos da ratificação da Convenção 169, da OIT (20 de junho 2012). É um instrumento de garantia dos Direitos fundamentais dos povos indígenas e quilombolas quanto à sua autodeterminação, o que significa a autonomia desses povos (tradição, costumes, crença e valores materiais e imateriais), na perspectiva de ser reconhecido como sujeitos históricos de Direito, devendo ser protegido nos termos tanto da CF como dos tratados internacionais. No entanto, passado 10 anos comprova-se que o Estado brasileiro tem feito pouco caso para cumprir o que determina a Convenção. Por isso, estamos retomando a luta exigindo do governo respeito pelos nossos povos.

3.Ratificação da Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas da ONU (aprovada em 2007) no Congresso Nacional da mesma forma como se fez para aprovação da Convenção 169 da OIT. Para garantir a reparação dos saques, dos furtos, invasão das terras e exploração do patrimônio indígena; Para garantir o Direito de manter suas culturas tradicionais; Direito a comunicação nas línguas maternas e na linguagem originária dos povos, bem como Direito ao consentimento livre, prévio e informado. Com aprovação desta Declaração resguardamos o respeito e combatemos o preconceito e a discriminação, entre outros delitos sofridos.

4. Aprovação do novo Estatuto dos Povos Indígenas - retomada das discussões para aprovação do novo Estatuto, que há mais 15 anos encontra-se engavetado no Congresso Nacional, contrariando a CF e o não reconhecimento da cidadania indígena no Brasil, assim como também a proteção do patrimônio desses povos.

5.Garantia de acesso dos povos indígenas aos recursos do Fundo Amazônia – Denunciar o governo brasileiro de concentrar o recurso de doação internacional do Fundo Amazônia na conta e sob a gestão do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Social, que tudo tem feito para dificultar o acesso das organizações indígenas aos recursos para os projetos de etnodesenvolvimento. Dessa feita, tem lucrado e muito com a retenção desses recursos que foram doados por Nações solidárias para a conservação dos recursos naturais e qualidade de vida dos povos da floresta. Enquanto isso, o BNDES tem financiado os megaprojetos que vem acelerando o desmatamento e provocando danos ambientais e sociais na Amazônia e por todo o Brasil.

Que o Pacto Amazônico constituído pelos países fronteiriços promova consulta prévias junto às comunidades tradicionais que vivem nas fronteiras dos Estados membros, com objetivo de assegurar os Direitos desses povos nos termos dos Tratados Internacionais, bem como também instituir intercâmbios acadêmicos, culturais, científicos junto às Universidades, Instituto de Pesquisa e outras Instituições formadoras.

ENCONTROS DOS GOVERNADORES POR ESTADO NO HOTEL TROPICAL - MANAUS -AM 2012

A Carta da Amazônia com mais de 400 itens que será entregue para Presidente Dilma na Rio +20, foi pactuada ontem no forum de governadores da Amazônia Legal.



Governadores Da Amazônia Basileira


RIO+20 ENCONTRO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA AMAZÔNIA BRASILEIRA
30 DE MAIO A 1º DE JUNHO DE 2012 TROPICA HOTEL /MANAUS

A presença Senhor Governador: Silval Barbosa de Mato Grosso. Construindo Juntos o Futuro que Queremos para a Amazônia.






Povos indígenas, comunidades tradicionais e os segmentos sociais na forma do Decreto Federal 6040/2007.